Documentário ficcional
metodologia de performance autobiográfica
O documentário ficcional oferece um caminho crítico e performativo para desafiar noções de identidade, memória e comunidade como fixas,
redefinindo-os através de subjetividades radicais incorporadas.
A metodologia está inerentemente associada ao fazer (e desfazer) narrativas autobiográficas.
A documentação fictícia facilita a re-imaginação e reestruturação de aspectos estéticos e históricos de nós mesmos e de nosso entorno,
além hierarquias coloniais marcada pela escassez de humanidade, comunhão e potencial poético.
As questões metodológicas veracidade dominante das representações de histórias passadas, para finalmente desafiar seus efeitos sobre nós hoje.
É uma interdisciplinaridade referência cartográfica para nos posicionarmos dentro de contextos geo-raciais wi(l)der.
O processo é sempre uma busca coletiva e incompleta, nutrindo comunidades empáticas de atuação e ativismo.
< MAIS INFORMAÇÕES SOBRE OS WORKSHOPS >
<contexto> Minha experiência autobiográfica como brasileira de etnia mista inspirou a articulação desta metodologia
Tenho muito mais informações sobre os meus ascendentes portugueses e muito pouco sobre os de origem africana, mostrando a grande assimetria entre as histórias e narrativas contadas gerações. Nesse sentido, há uma quantidade desproporcional de organizações, instituições e medidas para preservar a memória dos ascendentes nas diferentes geografias. A colonização ainda mostra sua ampla eficácia simbólica.
Portanto, a documentação ficcional ollha alia o micro ao macro a partir de orientações descoloniais.
A documentação ficcional surge como uma resposta a tal assimetria, construindo plataformas para uma poética radical almejando expandir os campos de presença das memórias não mencionadas para ocupar espaços públicos de significância.